Para conseguir uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil, siga os passos abaixo:
- Consulte um médico: O primeiro passo é procurar um médico, que pode ser um médico de família, um especialista ou um profissional de saúde comunitário. O médico avaliará a situação e, se necessário, encaminhará o paciente para uma UTI.
- Encaminhamento: Caso o paciente precise de atendimento em UTI, o médico deve encaminhá-lo, que é um processo responsável por 70% dos casos que chegam a uma UTI. O encaminhamento pode ser feito por telefone ou presencialmente, através de um DUE (Documento de Solicitação de Encaminhamento Especializado)
- Inscrição no SUS: Para ser atendido no SUS, o paciente deve estar inscrito no sistema. No momento do atendimento, é necessário informar o número do Cartão de Identidade do Cidadão (RG) e do Cartão de Beneficiário do SUS (CBAS)
- Avaliação do paciente: Ao chegar à UTI, o paciente será avaliado pelos profissionais de saúde para determinar a necessidade de internação e o tipo de tratamento a ser oferecido.
- Tratamento: Caso seja necessário, o paciente será internado na UTI para receber o tratamento adequado.
Lembre-se de que a disponibilidade de leitos de UTI pode variar de acordo com a região e a demanda, e em alguns casos, pode ser necessário esperar por uma vaga.
Além disso, em emergências, o paciente pode ser encaminhado diretamente para a UTI mais próxima.
O que fazer quando não tem vaga na UTI?
Se você não conseguiu uma vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), é importante seguir algumas etapas para garantir que você receba a melhor atenção médica possível:
Consulte outra UTI: Verifique se há outras unidades de terapia intensiva disponíveis na sua região e tente conseguir uma vaga nelas.
Considere unidades de terapia intermediária: Se uma vaga na UTI não estiver disponível, inquire sobre a possibilidade de ser admitido em uma unidade de terapia intermediária, que oferece um nível de cuidado semelhante, mas com recursos menos especializados.
Avalie a possibilidade de tratamento ambulatorial: Dependendo da gravidade da sua condição, pode ser possível receber tratamento em regime ambulatorial, o que significa que você pode ser tratado em consultórios ou clínicas diárias sem a necessidade de internação.
Consulte um médico particular: Se você não conseguiu uma vaga na UTI e não há outras opções disponíveis, considere consultar um médico particular para obter orientação e recomendações sobre o tratamento adequado.
Busque informações e apoio: Entre em contato com a administração do hospital ou com organizações de saúde para obter informações e apoio sobre como lidar com a situação e encontrar alternativas para o tratamento.
Lembre-se de que a saúde é um direito e que você deve buscar o tratamento adequado para sua condição. Não desista e continue procurando alternativas até encontrar uma solução que atenda às suas necessidades médicas.
O que precisa para ter uma UTI?
Para ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil, é necessário seguir alguns passos e atender a requisitos específicos. A UTI é responsável por atender pacientes em situação de risco vital e que necessitam de tratamento intensivo. Os passos para criar uma UTI incluem:
Escolha do local: É importante selecionar um local adequado para a instalação da UTI, considerando aspectos como infraestrutura, segurança e acessibilidade.
Projeto: O projeto da UTI deve ser desenvolvido por profissionais qualificados e deve incluir a elaboração de desenhos detalhados, como planta baixa, elevações, cortes e detalhes.
Equipamentos e instalações: A UTI deve contar com equipamentos de ponta e instalações adequadas, como monitores multiparamétricos, bombas de perfusão, ventiladores mecânicos, bipap e máquinas de ecografia. Além disso, é necessário disponibilizar gases medicinais, como oxigênio e gases anestésicos.
Equipe multidisciplinar: Uma UTI bem-sucedida exige a colaboração de profissionais de diversas áreas, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, entre outros.
Certificação e acreditação: A UTI deve obter a certificação junto às autoridades sanitárias competentes e, se necessário, a acreditação junto às entidades competentes para o atendimento dos pacientes.
Normas regulamentadoras: É importante seguir as normas e resoluções em vigor, como a Resolução nº 443 de 12 de março de 2012, que estabelece as diretrizes gerais para a organização das UTIs no Brasil.
Ao seguir esses passos e atender aos requisitos mencionados, é possível criar e manter uma UTI eficiente e segura no Brasil.
Qual o valor de uma UTI completa?
O valor de uma UTI completa pode variar bastante, dependendo do tipo de UTI e da região. No entanto, é possível fornecer algumas informações gerais sobre os custos envolvidos.
Segundo o Ministério da Saúde, o valor repassado para o custeio de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi aumentado em 2022. Por exemplo, o valor para UTI Queimados passou de R$ 322,22 para R$ 700,00, e o valor para UTI Adulto (UTI II) passou de R$ 478,72 para R$ 957,48.
Outra fonte indica que o custo médio de diária em UTI é de R$ 2.234,00. No entanto, é importante ressaltar que esses valores podem variar bastante, dependendo do tipo de UTI, da região e da complexidade do tratamento.
Em alguns casos, famílias têm se endivido para pagar leitos de UTI em São Paulo, gastando até R$ 75.000,00. Além disso, o Hospital de Clínicas da Unicamp estimou que o custo diário com equipamentos de proteção individual usados pelos profissionais da saúde é de aproximadamente R$ 2,5 mil a R$ 3 mil por dia.
Portanto, é importante considerar que os valores podem variar bastante, e é recomendável consultar diretamente o hospital ou a instituição de saúde para obter informações mais precisas sobre os custos envolvidos na UTI completa.
Quanto tempo uma pessoa pode ficar na UTI pelo SUS?
No Brasil, o tempo médio de permanência de um paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) varia de acordo com a complexidade clínica dos pacientes e as características da UTI. De acordo com o 2º Censo Brasileiro de UTIs da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), o tempo médio de permanência dos pacientes nas UTIs do país é de três a quatro dias. No entanto, em alguns casos, como no Distrito Federal, a média de permanência na UTI Adulto foi de 18,7 dias para nove unidades hospitalares, variando de 12,9 a 21,6 dias nas médias de permanência na UTI Adulto de oito hospitais regionais.
É importante ressaltar que o tempo de permanência de um paciente na UTI pode ser afetado por diversos fatores, como a disponibilidade de leitos, a complexidade do caso e a demanda por serviços de saúde na região. Além disso, em situações de emergência, como a pandemia de COVID-19, o tempo médio de internação pode ser maior, como os 12 dias em UTI relatados em uma pesquisa realizada desde março de 2020.
No entanto, quando um paciente permanece por mais de 15 dias no hospital, a internação já pode ser considerada prolongada. Nesses casos, é comum que o paciente apresente dificuldades em andar, comer e tomar banho após a alta. Apesar disso, alguns cuidados antes e após a internação podem ajudar a reverter o quadro.